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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Místicos ou Ortodoxos.



No ano passado li um artigo de Francisco Amado intitulado "Estudando (Reformar Ou Estudar O Espiritismo?)" e concordei com esta sua frase: "O ortodoxo sabe avaliar o místico, porque já foi um místico; mas o místico não pode avaliar o ortodoxo, porque nunca foi ortodoxo."

Esta frase me "soou bem" porque, até onde entendo, é necessário termos alguns conhecimentos para chegar a melhor entendimento da Doutrina Espírita. E eu me apropriei mal e porcamente de alguns conhecimentos por minha rebeldia em aceitar certas verdades, ainda nesta encarnação.

Minha visão, extremamente crítica, me afastou do catolicismo, na minha infância pois tentei, por duas vezes, concluir a 1ª comunhão, sem concordar com certos dogmas, fechava o meu entendimento nas aulas de catequese. Poderia ter aproveitado mais as informações.

Visitei por umas três vezes um terreiro de umbanda perto da minha casa, na adolescência e minha visão crítica, mais uma vez, me afastou rapidamente do lugar.

Conheci uma evangélica fervorosa no início de minha vida de casada e debatia quase que diariamente com ela, nas tardes longas e claras de Goiás pelo tempo que permaneci naquele estado. Ela não entendia como poderia uma pessoa "da paz" não conseguir aceitar Jesus. Talvez eu não conseguisse aceitar aquele Jesus que ela me descrevia. Me preocupei muito mais em debater do que tentar "entender" porque ela compreendia daquela maneira.


Por sugestão de alguns "espíritas", dentro da vila militar onde morei, em Canoas/RS, nesta época já com a bela missão da maternidade, comecei a frequentar a casa espírita nos dias de exposições doutrinárias. E a primeira exposição que assisti falava de família e de como poderíamos nos guiar pelo Evangelho Segundo o Espiritismo na educação de nossos filhos. Não deu outra...não sai mais do movimento Espírita. Porém minha visão crítica continuou atuando e meus constantes questionamentos deram muito trabalho aos meus primeiros facilitadores de grupos de estudos. Diante de minhas insatisfações, por falta de entendimento, cheguei a abandonar por várias vezes os estudos. Repeti o básico (CIEDE) por 4 vezes.

E, sempre amando a verdade, procurei o entendimento da Doutrina Espírita no seu aspecto filosófico.
Mas esta "ciência filosófica de aspecto religioso" não me preenchia as expectativas no tocante a fé e a brandura. Atributos no qual sempre tive dificuldades de assimilar.

Porém, diante do meu trabalho com os livros, estou conhecendo as obras de Robson Pinheiro.


A primeira que li foi "Mulheres do Evangelho" e observei, que esta obra tem muito do que dizem os evangélicos.
A segunda foi "Corpo Fechado" e observei, que esta obra tem muito do que dizem os umbandistas.
E comecei a ler "A Força Eterna do Amor" e estou observando, que esta obra tem muito do que pensam os católicos.

Mas a reflexão que quero deixar aqui, diante destas informações, estão distribuídos em dois pontos:
1º) A presença da brandura e da fé, nas obras de Robson Pinheiro na maneira de transmitir seus conteúdos, não importando a "tendência religiosa" que elas professam, me fez querer saber mais.
E estas duas virtudes deveriam ser sentidas em qualquer texto doutrinário. Pois aflorar nossas virtudes é a verdadeira essência cristã. Infelizmente uma grande parte dos espíritas mais se preocupam com a letra do que com a essência do espiritismo.

2º) Tem muito de misticismo no segmento católico, umbandista e evangélico. E este misticismo precisava ser mais compreendido por mim. Pois a sua compreensão é um quesito indispensável para melhor apropriação dos postulados espíritas.

Diante de todos estes questionamentos...você se considera um espírita ortodoxo?
Quem é Kardec até a raiz pode se considerar um, haja visto que não existe misticismo nas obras de Kardec?
Mais questionamentos para nossa busca pelo entendimento.
Quem é místico pode se transformar em ortodoxo?
Quem é ortodoxo pode se transformar em místico?
Podemos ser os dois ao mesmo tempo?
Podemos não ser nenhum dos dois e entender as obras de Kardec?

1 comentários:

Francisco Amado disse...

Ótima reflexão.

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