
Gerci Pain de Amorim era ouvinte do programa "Auto Ajuda", da rádio Fátima, que ficou no ar por um ano nas tardes, de segunda a sexta-feira, em Canoas/RS.
Este programa sempre teve uma ligação muito forte com a Livraria Chico Xavier. E nesta segunda visita Gerci levou o livro (usado) "Se Abrindo Para a Vida", de Zibia Gasparetto.
Em nossa longa conversa fiquei sabendo que Gerci ficou viúva há 3 anos e que morava no Jardim Itú - Sabará, em Porto Alegre. Está morando no Bairro Niterói, em Canoas há um ano e está se sentindo um pouco solitária e cansada de ficar em casa.
Como temos, aqui na livraria, folhetos com a relação dos endereços das casas espíritas de Canoas, entreguei um pra ela e vocês nem imaginam o sorrisão da Gerci ao se despedir.
Com o livro na sacola disse estar ansiosa por lê-lo e que irá visitar a Casa Espírita André Luiz, que fica na Rua Tamoio, em Canoas mesmo, na esperança de buscar um grupo de "amigos" para preencher sua solidão.

Crie em seu Centro Espírita o “Departamento dos Trabalhadores Voluntários da Terceira Idade.
A correta denominação desse grupo, como o exemplo citado, facilitará a determinação de um foco. E todos nós sabemos que, quando se tem um foco bem determinado, fica mais fácil estabelecer os procedimentos para alcançá-lo.
É comum, no meio espírita, o trabalho voluntário estar mais bem disseminado entre as pessoas que nem estão no grupo de jovens nem no grupo da terceira idade. São aquelas pessoas da faixa intermediária que, talvez assim possamos dizer, fazem parte do grupo da meia-idade.
Não atuando de forma sistemática e estimulante para ter trabalhadores voluntários dos grupos de jovens e da terceira idade, os Centros Espíritas erram drasticamente em seus planos de ação, pois estão deixando de lado os grupos que mais crescem em nosso país.
Incentivar só o pessoal da meia-idade a trabalhar voluntariamente significa optar justamente pelo grupo com menor número de integrantes.
Do mesmo modo, não podemos refutar a importância de todos os grupos de pessoas, sejam eles compostos por jovens, pessoal da meia-idade, sejam por pessoal da terceira idade.
Existem espíritas da terceira idade que estão com muita vontade de, no crepúsculo da vida, serem úteis ao próximo. É verdade que também existem, nesse grupo, aqueles que ainda não despertaram para essa necessidade. No entanto, o surgimento de um ambiente estimulante no Centro Espírita os fará vislumbrar um novo mundo: o mundo da caridade, o mundo da ação em favor do próximo. Contrastando com essa realidade, muitos Centros Espíritas não criam o ambiente necessário para que essas pessoas sejam estimuladas a atuar caritativamente. Esses Centros, ao agir como muitas vezes age a sociedade, isto é, enxergando as pessoas da terceira idade como pessoas que precisam de ajuda, em vez de considerá-las indivíduos que podem auxiliar, deixam de ter em seu meio pessoas experientes e cuja vivência passada lhes tornou mais pacientes, mais resignadas, mais amorosas e, o que também é muito importante, com mais tempo livre, pois muitas já se aposentaram.
Um questionamento que cabe a todo dirigente de Centro Espírita fazer: como podemos deixar de utilizar em nosso trabalho voluntário pessoas pacientes, resignadas, amorosas e com mais tempo livre? Esse é um erro que precisamos deixar de cometer. Portanto, crie e estimule o crescimento do seu “Departamento dos Trabalhadores Voluntários da Terceira Idade”.
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